terça-feira, 26 de maio de 2015

Sobre os fins de tarde nublados de maio...

Centro do Rio de Janeiro. Do outro lado do mar, Niterói. 




Olhei da janela e achei o horizonte bonito, embora nublado.

A despeito de meu coração tempestuoso e de minha mente conturbada, as pessoas e os carros iam e vinham, marcando mais um fim de tarde de maio.

Maio é um mês sem poesia né? Um mês neutro. Quem dera meu eu lírico fosse maio. Mas não. Em mim não há espaços para maios. É sempre fevereiro, outubro, agosto, dezembro, junho.

Com este pensamento, comecei a cantarolar Ivan Lins.

"... apesar dos perigos. Da força mais bruta, da noite que assusta, estamos na luta pra sobreviver, pra sobreviver, pra sobreviver.
Pra que nossa esperança seja mais que a vingança, seja sempre um caminho que se deixa de herança..."

Acalma este coração Galuíza. Esta neblina precede chuva. Vai limpar, purificar e lavar. Depois o sol brilha. Em qualquer mês.

Usa a sua luz pra chegar em casa e tenha a sensatez de lembrar que cê não sabe nadar. Vá de barca. Vá com calma. Mas vá.


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